Eliana Giaretta

11 Fatores Que Colaboram (ou não) na Fixação do Pigmento

[vc_row][vc_column][vc_column_text]A fixação do pigmento e a sua durabilidade na pele são dois assuntos muito comentados e discutidos em qualquer grupo de micropigmentadores no Brasil e, talvez, no mundo.

A princípio dois fatores já foram observados e debatidos por toda a classe micropigmentadora, são eles:

  1. A profundidade da agulha, que tem um efeito significativo na superfície da pele;
  2. O equipamento, que se não regulado corretamente pode criar fios mais grossos e robustos;

Mas tem mais, muito mais causas, sendo assim, separei 11 fatores que podem fazer toda a diferença no seu trabalho.

Chamo a sua atenção para o fato de que alguns dos fatores abaixo enquadram-se somente no microblading ou somente no dermógrafo.[/vc_column_text][vc_custom_heading text=”1. O Seu Equipamento de Trabalho” font_container=”tag:h2|font_size:25|text_align:left|color:%23fa7598|line_height:2″ use_theme_fonts=”yes”][vc_column_text]Conforme citado acima é importante considerar a precisão do equipamento utilizado.

Máquinas de tatuar ou os dermógrafos bons, com baixa vibração, implantam o pigmento sempre na mesma profundidade e na mesma frequência garantindo a qualidade e uniformidade dos fios.

Por outro lado, as máquinas e agulhas com alta vibração possuem baixa precisão e agridem excessivamente a pele da cliente, aumentando o processo de inflamação da cicatrização e ampliando, consequentemente, a expulsão excessiva do pigmento.[/vc_column_text][vc_row_inner][vc_column_inner width=”1/2″][vc_single_image image=”16540″ img_size=”260×260″ alignment=”center”][vc_column_text]

Máquina Precisa

[/vc_column_text][/vc_column_inner][vc_column_inner width=”1/2″][vc_single_image image=”16541″ img_size=”260×260″ alignment=”center”][vc_column_text]

Máquina Sem Precisão

[/vc_column_text][/vc_column_inner][/vc_row_inner][vc_custom_heading text=”2. A angulação do Seu Equipamento” font_container=”tag:h2|font_size:25|text_align:left|color:%23fa7598|line_height:2″ use_theme_fonts=”yes”][vc_column_text]Outro fator a ser considerado é o ângulo da agulha com relação a pele. Para cada propósito de trabalho usamos um perfil de agulha e um ângulo de implantação de pigmento.

Por esta razão, é importante conhecer os vários ângulos possíveis e suas funções na micropigmentação.[/vc_column_text][vc_custom_heading text=”a) Técnica a 80 ou 90 graus agrupada/circulares” font_container=”tag:h3|font_size:18|text_align:left|color:%23a0a0a0|line_height:2″ use_theme_fonts=”yes”][vc_column_text]Este ângulo permite implantar menos pigmento na pele, com maior profundidade e maior sangramento.

Quando trabalhamos neste ângulo, o pigmento tende a ser expulso, em parte, pela pressão das capas da pele com a saída da agulha, num movimento natural da pele de fechar o ferimento provocado pela agulha.

Este ângulo de trabalho é ideal para procedimento capilar.[/vc_column_text][vc_row_inner][vc_column_inner width=”1/2″][vc_single_image image=”16545″ img_size=”260×260″ alignment=”center”][vc_column_text]Representação gráfica da agulha entrando na pele a 90º.[/vc_column_text][/vc_column_inner][vc_column_inner width=”1/2″][vc_single_image image=”16544″ img_size=”260×260″ alignment=”center”][vc_column_text]Expulsão de parte do pigmento pela pressão das camadas dérmicas.[/vc_column_text][/vc_column_inner][/vc_row_inner][vc_column_text][/vc_column_text][vc_custom_heading text=”b) Técnica a 45 graus ou oblíqua agrupada/circulares” font_container=”tag:h3|font_size:14|text_align:left|color:%23a0a0a0|line_height:2″ use_theme_fonts=”yes”][vc_column_text]Este ângulo permite implantar o pigmento mais superficialmente, deixa mais pig-mento por que a pressão da pele para fechar o ferimento é menor e provoca menor sangra-mento, com a vantagem que a cor resultante será mais fiel, pois o local do depósito está mais próximo da zona de refletância da luz.

É o ângulo mais usado por ser uma posição natural da mão ao segurar um objeto.

Deve-se ter cuidado para não inclinar a agulha para a lateral do fio para evitar a expansão. O correto é manter o ângulo sobre o fio.[/vc_column_text][vc_row_inner][vc_column_inner width=”1/2″][vc_single_image image=”16547″ img_size=”260×260″ alignment=”center”][vc_column_text]Representação gráfica da inserção da agulha na pele a 45 graus.[/vc_column_text][/vc_column_inner][vc_column_inner width=”1/2″][vc_single_image image=”16546″ img_size=”260×260″ alignment=”center”][vc_column_text]O pigmento implantado a 45 graus tende a manter mais pigmento na pele pois não há tanta pressão dérmica e a cor final será mais fiel por estar mais perto da superfície.[/vc_column_text][/vc_column_inner][/vc_row_inner][vc_custom_heading text=”c) Técnica 30 graus agrupada/circulares” font_container=”tag:h3|font_size:14|text_align:left|color:%23a0a0a0|line_height:2″ use_theme_fonts=”yes”][vc_column_text]Este ângulo facilita cobrir uma área maior e dar mais transparência na revelação da cor implantada com a menor quantidade de pigmento possível, devido a superficialidade que a tinta é implantada.

Em suma, todos os ângulos são úteis, fica a critério do profissional qual o efeito que se deseja.[/vc_column_text][vc_custom_heading text=”3. Número de Passadas com a Agulha Para Implantar o Pigmento” font_container=”tag:h2|font_size:25|text_align:left|color:%23fa7598|line_height:2″ use_theme_fonts=”yes”][vc_row_inner][vc_column_inner width=”1/3″][vc_single_image image=”16550″ img_size=”full” alignment=”center”][/vc_column_inner][vc_column_inner width=”2/3″][vc_column_text]Experiência é o maior professor para quem quer aprender qual é a quantidade de passadas de agulha ideal para que o seu trabalho possa ter uma boa implantação.

Deve-se ter em mente que muitas passadas podem causar traumas excessivos na pele que, como dito no fator 1 acima, aumentará o processo de inflamação durante a cicatrização ampliando a expulsão do pigmento.

Cada profissional tem sua técnica e jeito de trabalhar, por isto, protocole o número de passadas ideal para você.

Mas lembre-se, quanto menor o número de passadas, menor será o trauma causa-do, menor será a inflamação e menor a quantidade de pigmento será expulsa.

Planeje bem o seu trabalho e escolha o perfil de agulha adequado. O perfil de agulha correto ajudará você a fazer um excelente trabalho no tempo adequado, ou seja, antes que a pele da cliente comece o processo de inchar.[/vc_column_text][/vc_column_inner][/vc_row_inner][vc_custom_heading text=”4. As Lâminas e Agulhas que Você Utiliza” font_container=”tag:h2|font_size:25|text_align:left|color:%23fa7598|line_height:2″ use_theme_fonts=”yes”][vc_column_text]Quanto maior o número de pontas no perfil da agulha, mais suave e sombreado será o resultado e, consequentemente, menor a quantidade de pigmento teremos implantado.

Para áreas grandes existem perfis de agulhas de várias pontas na configuração flat e na configuração round.

Os grandes artistas não usam agulha de 1 ponta para tudo, assim como os grandes pintores não pintam a tela com um tipo de pincel somente.

Utilize sempre agulhas de boa qualidade, mesmo que custe um pouco mais.
As agulhas de má qualidade perdem o corte durante o procedimento, vibram mui-to, vem de fábrica com vários defeitos invisíveis a olho nu, dificultando a implantação e exigindo mais passadas em cada fio.

Agulhas nunca devem ser reutilizadas, seja qual for a circunstância.[/vc_column_text][vc_custom_heading text=”5. Os Pigmentos que Você Utiliza” font_container=”tag:h2|font_size:25|text_align:left|color:%23fa7598|line_height:2″ use_theme_fonts=”yes”][vc_column_text]Tinta de qualidade é vital. Tinta de boa qualidade utiliza tem granulometria uniforme. Viscosidade adequada. Cor homogênea.

A granulometria, tamanho do grão do pigmento, é homogeneizada em máquinas de moagem específica para que esse pigmento tenha um tamanho e forma geométrica perfeita; quanto mais homogêneo, melhor a implantação.

Outro fator importante, que não interfere na fixação, mas que devo alertar, é a esterilização do produto que deve ser feita com raio gama para que haja absoluta segurança biológica.[/vc_column_text][vc_single_image image=”16548″ img_size=”full” alignment=”center”][vc_column_text]

Fonte ilustração: Mario Gisbert

[/vc_column_text][vc_custom_heading text=”6. A Formulação do Seu Anestésico” font_container=”tag:h2|font_size:25|text_align:left|color:%23fa7598|line_height:2″ use_theme_fonts=”yes”][vc_column_text]Anestésicos devem ser tópicos e com o pH equilibrado, pois produtos que fogem do pH adequado podem alterar as características da pele e do pigmento reduzindo a qualidade da fixação e podendo causar problemas na saúde da cliente.[/vc_column_text][vc_custom_heading text=”7. O Peso da Sua Mão Ao Trabalhar” font_container=”tag:h2|font_size:25|text_align:left|color:%23fa7598|line_height:2″ use_theme_fonts=”yes”][vc_column_text]Um fator importante que pode dificultar a fixação dos fios é o peso da mão do profissional.

Se trabalhada com muita pressão, a técnica provavelmente causará traumas excessivos na implantação e novamente, inflamação, regeneração e expulsão.

Por outro lado, mãos demasiadamente leves implantam pigmentos superficiais que serão expelidos rapidamente com a troca natural das células da pele.

Minha orientação para você é treino, treino e mais treino para adestrarem a habilidade de colocarem o pigmento na camada certa da pele.[/vc_column_text][vc_custom_heading text=”8. A Sua Velocidade de Trabalho” font_container=”tag:h2|font_size:25|text_align:left|color:%23fa7598|line_height:2″ use_theme_fonts=”yes”][vc_column_text]A sua máquina deve estar sincronizada com a velocidade da sua mão, não ao contrário.

Outro fator importante na fixação é saber a quantidade correta de pigmento a ser implantado na pele e, para isto, velocidade correta do trabalho é essencial.

Cada máquina pede um ajuste e velocidades particulares e o fabricante do equipa-mento não ensina você a equilibrar a velocidade da sua mão com a velocidade da máquina. O manual somente explica como usar o equipamento.

A agulha tem que invadir as camadas da pele, deixar o pigmento e sair sem retirá-lo. Se o profissional tem a mão rápida e a velocidade da máquina é lenta, ele não implantará tinta.

Se a mão é lenta e a máquina é rápida, ele implantará tinta demais. Muito cuidado.[/vc_column_text][vc_column_text][/vc_column_text][vc_custom_heading text=”9. O Consumo de Álcool do Seu Cliente Durante a Cicatrização” font_container=”tag:h2|font_size:25|text_align:left|color:%23fa7598|line_height:2″ use_theme_fonts=”yes”][vc_column_text]Um grande vilão no processo cicatricial é o consumo excessivo do álcool que atrapalha a recuperação dos tecidos de forma multifatorial.

O álcool tem ação desidratante no corpo humano e o ressecamento do tecido dificulta a migração das células de defesa e dos nutrientes.

Esse produto químico também é responsável por causar alterações no processo de formação de coágulos, diminuindo a sua for-mação e deixando o processo de cicatrização mais lento.[/vc_column_text][vc_custom_heading text=”10. O Consumo de Tabaco do Seu Cliente Durante a Cicatrização” font_container=”tag:h2|font_size:25|text_align:left|color:%23fa7598|line_height:2″ use_theme_fonts=”yes”][vc_single_image image=”16552″ img_size=”full” alignment=”center”][vc_column_text]A nicotina prejudica a circulação sanguínea periférica ao diminuir o calibre dos vasos sanguíneos.

Além disso, destrói as fibras de colágeno ao diminuir a umidade e comprometer a hidratação, deixando a pele acinzentada e opaca.

A nicotina também diminui os níveis de vitaminas na pele e prejudica a cicatrização e a estabilização dos pigmentos, uma má cicatrização resulta em má fixação.[/vc_column_text][vc_custom_heading text=”11. O Assentamento do Pigmento na Pele” font_container=”tag:h2|font_size:25|text_align:left|color:%23fa7598|line_height:2″ use_theme_fonts=”yes”][vc_column_text]A vasodilatação e a traumatização da pele provocada pela agulha ao implantar o pigmento causará a ativação do sistema imunológico para proteger o corpo aquela agressão;

Por meio da regeneração, nosso organismo eliminará parte do pigmento implanta-do, pois o considera um corpo estranho.

Nesse processo a pele se fechará defendendo-se de possíveis microrganismos ex-ternos e a perda de pigmento já não se dará mais por esse caminho.

Por isso, enfatizamos que é importante não retirar a microcrosta, casquinha, do ferimento, para que as plaquetas não voltem ao local do ferimento para recuperar a ferida novamente e, assim expulsarem mais pigmentos.[/vc_column_text][vc_custom_heading text=”BÔNUS: A Condição da Pele da Sua Cliente” font_container=”tag:h2|font_size:25|text_align:left|color:%23fa7598|line_height:2″ use_theme_fonts=”yes”][vc_column_text]O tipo de pele deve ser muito bem avaliado antes de fazer o procedimento, pois disso também dependerá a duração do implante.[/vc_column_text][vc_single_image image=”16554″ img_size=”full” alignment=”center”][vc_column_text]Pele clara: Pessoas com essa característica de pele são extremamente vascularizadas; logo exige-se cuidado na hora do implante de pigmentos para que não haja invasão significativa nos capilares causando sangramento excessivo.

Pele escura: Indivíduos com essa característica de pele apresentam maior resistência cutânea, portanto, agulhas muito finas não são adequadas; às vezes, é necessário trocar mais de uma agulha em um único procedimento devido à perda da capacidade de perfuração.

Pele seca: Em técnica de maior saturação devido à menor durabilidade do trabalho relacionado a descamação constante.

Pele mista: Neste tipo de pele todas as técnicas aplicadas são possíveis.

Pele oleosa: Neste tipo de pele não é indicado o fio-a-fio. Use técnicas compactas para ter melhores resultados.

Pele madura: Essa pele terá a maior durabilidade de todos os tipos, pois o ciclo da renovação celular é mais lento devido à desaceleração do metabolismo pela idade.[/vc_column_text][vc_column_text][Atualizado em 20/08/2019][/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Eliana Giaretta

Sócia proprietária da Academia Brasileira de Micropigmentação, escola com metodologia de ensino Européia para formação de técnicos com excelência em micropigmentação. Representante comercial da Electrik Ink e desenvolvedora das cores para a marca e autora do livro "Dermopigmentação - Arte e Responsabilidade"